Pages

Tecnologia do Blogger.

Os incognoscíveis

Os incognoscíveis
O trio que faz o blog funcionar!!

Popular Posts

Seguidores

Blogger news

A sabedoria do achocolatado

Postado por O incognoscível

Então, meus caros e minhas caras...

Principalmente você, estudante de jornalismo. O que dizer do futuro, da escolha da sua profissão? Ainda mais agora, depois da nova lei...

Na verdade, na verdade, o que me preocupa mesmo é a concorrência. Veja só, como será desleal disputar contra este exímio ser que já atua na área de comunicação e escolheu sua profissão após abalizada analise.


- Ó, Mestre Yoda, tenho dúvidas em que profissão devo seguir?
- Preocupar-se não deve. Aos detalhes atenção deve prestar.

Agora sim, entendo a lógica...
Aproveita e me conta como você escolheu sua profissão. Se ainda não escolheu, ou tem dúvidas, fica aí a dica. Pergunte ao seu achocolatado.

Analisando notícias com a Gabi II

Postado por O incognoscível

Entre Belusconi e Sarney. Dúvide do bigode.

Eu ainda não decidi se amo o Belusconi, mas fato é que tenho por ele um apreço imenso. É ver um primeiro ministro desse tipo que me alenta. Viu Brasil? Não é só a gente que tem o Sarney. Os italianos têm o Berlusconi.

Os dois são irmãos, irmãos em cara de pau. Se o Sarney é dono do Maranhão, do Amapá e adjacências. O Berlusconi conquistou Milão, Roma e mais doze territórios a sua escolha. O que admiro no premiê são os colhões, que alguns erroneamente classificam como falta de noção.

Em abril de 2008 uma cidade italiana foi devastada por um terremoto que matou 294 pessoas e deixou mais de 10 mil desabrigados. O primeiro ministro foi visitar as obras de reconstrução da cidade e não se conteve, encheu os pulmões, e do alto do seu orgulho mafioso bradou: “Onde estão as garotas? Eu não vejo nenhuma. Neste caso, terei que trazê-las da próxima vez que vier", disse Berlusconi se dirigindo à piãozada. “Bem garotos, se tudo for bem, eu realmente trarei as dançarinas. Senão, pareceremos todos gays”.

Ta aí uma verdade mundial. Se tem uma coisa que pião precisa pra viver bem, e trabalhar motivado, é de mulher. E o Berlusca, em sua sapiência, descobriu isso e decidiu explorar. Ele não tem culpa se as pessoas não são sensíveis o bastante para reconhecer sua perspicácia semiológica (saudade Vanessa).

Se por um lado o Berlusca é, aparentemente, totalmente sem noção, ele não é hipócrita, deixa claro, através de suas atitudes que é um escroto, que faz coisas de moral duvidosa e nem por isso será deposto do poder. Berlusconi sabe que está acima da lei e fala isso, não fica fingindo que não foi com ele, com aquela cara de olha o balão.

Ele disfarça e, sim, esconde, é verdade, mas esconde com classe, esconde como um italiano, um mafioso (Você tem dúvidas?). Mais do que isso, não titubeia em assumir sua escrotisse, mesmo negando até a morte. Com aquele sorrisinho canalha que só um bom ragazzo sabe dar.

Agora eu penso no Sarney, o direita-centro-esquerda. Belusconi ganha nisso, ele é constante, sabe que o poder está com ele onde estiver não precisa ficar trocando de lugar. O bichinho é carismático. Enfim, deve ser por isso que eu preferiria dois Belusconis, a um Sarney.

Ah, tem outra coisa, o Berlusca, não tem bigode, nada mais cafona do que bigode. E, desculpe-me pai, só Deus sabe os segredos que podem ser guardados atrás de um bigode.


Gabriela Rosa

P.S: Post preparado a um mês, mas que se perdeu na bagunça do meu PC.

O link da notícia: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u586793.shtml

O que você prefere o peso ou a leveza?

Postado por O incognoscível

Relendo pela milésima vez a Insustentável Leveza do Ser, volto a citar Kundera. Logo no começo Milan discute a diferença entre o peso e a leveza, apontando que essa dualidade é a mais contraditória e ambígua de todas as contradições. (Enquanto escrevo travo os dentes. Acho que estou começando a ter bruxismo).

Em suma, a aparente contradição se justifica pelo fato do peso, que representa o fardo, o sacrifício físico, é o que conecta o ser humano à terra, ao real, às vicissitudes, e consequentemente às realizações vitais.Já a leveza, é a ausência do fardo, a liberdade, a capacidade de volitar, de ser imaterial, e consequentemente as coisas que o homem produz perde a importância. Existir ou não existir não faz diferença.

E quem quer nunca ter existo? Pior do que nunca ter existido é não ser notado. Não queremos a leveza. Como diria Michael: Ninguém quer ser imortal.

Me lembro de outro livro, Admirável Mundo Novo, em que O Selvagem reclama o direito de sentir, me lembro vagamente dessa estória, não posso citar com detalhes. Entretanto, me recordo bem que ele recusa a droga utilizada por todos nessa distopia, a soma. O Selvagem exige o feio, o sofrimento, a dor, o escroto, o imperfeito. Acho que agora entendo melhor as pessoas e, principalmente, essa juventude.

A gente já assistiu tudo: o belo, a guerra, a luta, a omissão, hippies, comunas, ditadores, punks, lambada, geeks, a busca pela leveza, o descaso pelo peso. Todas as buscas no afã de se fazer mais feliz.

Encontramos, entretanto, no peso a sustentabilidade da nossa condição. Só abraçando o peso,o kitsch, o sujo, o marginal que se consegue ser humano, que se consegue uma felicidade física.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ou seria no Livro dos Espíritos, não me lembro, em um dos dois, existe um capitulo que chama: A felicidade não é desse mundo (se não me engano isso está na Bíblia, acho até que foi Jesus quem disse, enfim). Pode até ser, mas quem quer ser feliz aqui mesmo? Eu quero o fardo, quero o kistch. Porque essa felicidade que oferecem e que andam buscando é mais leve que eu e pode se perder aí, volitando no ar.


P.S: Dá pra não amar o Kundera?

Gabriela Rosa